JOMINY
ENSAIO JOMINY
ENSAIO JOMINY
Introdução
A têmpera é um tratamento térmico comumente utilizado para aumentar a resistência mecânica dos aços através da formação de uma microestrutura de elevada dureza conhecida como martensita. A têmpera consiste na elevação e manutenção da temperatura do aço por um determinado período na região de austenitização promovendo, a seguir, o seu rápido resfriamento até a formação da martensita, utilizando-se um meio adequado para este fim. A formação dos constituintes ferrita, perlita, bainita e martensita irá depender da taxa de resfriamento e das características do aço expressas através dos seus diagramas de transformação isotérmica ou TTT (Tempo-Temperatura-Transformação) e de resfriamento contínuo. Se o aço for resfriado de uma forma suficientemente rápida a partir da região austenítica, evitar-se-á a formação da ferrita da perlita e da bainita, ocorrendo a formação da martensita.
O ensaio Jominy é um dos métodos utilizados para se avaliar a temperabilidade dos aços. Este ensaio, que segue a norma NBR-6339 da ABNT.
Descrição do teste Jominy
Utiliza corpos-de-prova classificados como corpo-de-prova convencional, corpo-de-prova reduzido e corpo-de-prova fundido em função de suas dimensões ou do seu material de origem. O corpo-de-prova é aquecido até a temperatura de austenitização e resfriado rapidamente em condições padronizadas através de um jato d’água. Após o resfriamento do corpo-de-prova é feito um mapeamento da dureza no sentido longitudinal do mesmo, a partir da extremidade resfriada, sendo estes resultados exibidos graficamente como uma variação da dureza em função da distância
Podemos considerar que trata-se de um teste que busca avaliar a temperabilidade dos aços. O teste Jominy, ilustrado abaixo segue os seguintes passos:
1. Preparação de corpo de prova padrão com 25mm de diâmetro e 100 mm de comprimento
2. Aquecimento até a temperatura de austenitização dentro de forno
3. Colocação do corpo de prova no aparato Jominy
4. Resfriamento de uma das extremidades do corpo de prova com água em borrifo.
5. Retirada do corpo de prova do aparato e medição da dureza ao longo do comprimento
A velocidade de resfriamento ao longo da barra é quase idêntica para aços carbono e aços baixa liga, obtendo-se uma curva semelhante a representada na figura abaixo.
Este comportamento padrão acontece porque as propriedades térmicas, como condutividade, são praticamente iguais para os materiais citados.
É claro que os gradientes de temperatura são maiores na região próxima à extremidade borrifada.
Os valores resultantes da dureza ao longo da barra são mostrados na figura abaixo.
Note-se que quanto maior é a velocidade de resfriamento, maior é a dureza. Isto está diretamente relacionado aos produtos resultantes do resfriamento: martensita, perlita fina e perlita grossa.
A presença de elementos de liga retarda o início das transformações difusivas. Este fato pode ser visto como um deslocamento para a direita das curvas em C dos diagramas TTT. Isto é refletido no ensaio Jominy como uma distância maior endurecida, a partir da extremidade resfriada. Esta é a profundidade de endurecimento ou endurecibilidade ou ainda temperabilidade.
Aços de elevada endurecibilidade possibilitam a obtenção de martensita, de elevada dureza, em componentes de grandes dimensões, tais como matrizes. Aços de baixa temperabilidade ficam restritos a confecção de chaves de fenda, engrenagens de pequenas dimensões e outros componentes similares.
ASSISTA OS VIDEOS :
- Vídeo 1 - Simulação
- Vídeo 2 - Teste
Organizado por:
Prof. Edilson José Barbosa
DMQ/TM - Cefet- Timóteo- MG
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